quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Esfera do conhecimento ciêntifico distinta do conhecimento literário



Lembre-se que a esfera do conhecimento científico é distinta da esfera literária, pois o discurso científico é sempre um duplo discurso, contrariamente ao discurso literário. Na ciência você tem que mostrar seus resultados de pesquisa (discurso 1) e, ao mesmo tempo, mostrar como os alcançou (discurso 2). No discurso literário você conta uma história e ponto final. Por isso mesmo é que em um artigo científico você encontra inúmeras citações e suas respectivas fontes, o que não ocorre no romance (Nascimento, Drummond e Bursztyn, 2010). 


quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

O Sonho do arquitecto é o pesadelo do engenheiro



É comum notar em conversas com engenheiros a questão da beleza sonhada pelos arquitectos.

Muitos arquitectos ao realizarem os seus projectos, buscam a semelhança de algo existente na natureza ou algo artificial criado pelo homem, por exemplo: já verifiquei um projecto baseado em um megafone. 

Arquitectura é uma arte que para além de primar bela beleza deve cumprir com os padrões de funcionalidade, sustentabilidade e outros elementos estabelecidos pelos criadores da arte. Nesta ordem de ideias, considere-se cada obra criada por um arquitecto como se fosse um quadro pintado por um artista plástico. Entretanto, o esforço dos arquitectos em imaginar coisas bonitas é tal que cada Arquitecto acaba por criar obras competitivas, pois um arquitecto deve inovar, ou seja, não pode fazer sempre a mesma coisa a nível de criação. Portanto o arquitecto deve ser criativo.


Figura-2 Assim o arquitecto projecta, uma obra em consola, por exemplo.

 O engenheiro, por ser o responsável pela estabilidade estrutural dos edifícios, acaba sempre tendo muito trabalho, face aos desafios dos arquitectos em querer projectar sempre obras de grande desafio ou de um padrão mais estético, pois os padrões de sustentabilidade e funcionalidade são universais.

A criatividade dos arquitectos a nível de “beleza”, deixa alguns engenheiros frustrados, pelo facto de ser o responsável pela estabilidade da estrutura que vai suportar a obra criada pelo arquitecto.

Para os engenheiros, a projecção e execução estrutural de uma obra deve fazer-se de modos a que venha satisfazer os interesses e o bem-estar da sociedade, a fim de garantir a segurança aos animais, pessoas e bens; e devem ser aplicadas de modos em que haja uma protecção e conservação do meio ambiente. Como lembra o artigo 5º da norma espanhola (EHE, 2011), as estruturas de um edifício, deverão ser idôneas para o seu uso durante a totalidade do período de vida útil para que elas são construídas. Para isso, deverão satisfazer os seguintes requisitos:

a)    Segurança e funcionalidade estrutural, que consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos de que a estrutura tenha um comportamento mecânico frente as acções e influência previsíveis que podem estar submetido durante a sua construção e tempo previsto, considerando a totalidade da sua vida útil;
b)    Segurança em casos de incêndio, que consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos a riscos de que os usuários da estruturas sofram danos derivados de um incêndio de origem acidental, e
c)    Higiene, saúde e protecção do meio ambiente, neste caso, consiste em reduzir a limites aceitáveis ao risco de que se provoquem impactos inadequados sobre o meio ambiente como consequência da execução das obras.

 Pelo facto de o engenheiro ter estas responsabilidades em uma obra, caímos dizendo sempre que, "O Sonho do arquitecto é o pesadelo do engenheiro"



OBS: Por vezes vale a pena esta criatividade dos arquitectos, porque existem muitos engenheiros preguiçosos de mente que ficam apenas pelo titulo de engenheiro.
Figura 2- assim o engenheiro ve por exemplo uma obra em consola projectada pelo arquitecto