Procuramos retratar aqui assuntos da engenharia, desafios, criações, novas tecnologias e outros aspectos ligados à engenharia, sobretudo para Engenharia Civil.
sábado, 21 de fevereiro de 2015
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
ELEMENTOS DE ESTRUTURAS - INTRODUÇÃO E REVISÃO
1- Objectivo
O objectivo terminal
desta disciplina é saber quais são os elementos estruturais; como elas se
comportam ao ser submetido a um determinado carregamento e aprofundar mais
sobre os esforços internos em uma estrutura, de modos a procurar dar uma
introdução à Engenharia estrutural. Ou seja, apresentar o conhecimento
necessário para prever as respostas dos elementos estruturais.
2 -
Introdução e preliminares
Existe sempre uma tendência de questionar como o
mundo funciona? E porquê que que as coisas são moldadas a forma como elas são?
Neste curso será apresentado técnicas necessárias
para predizer a respostas dos elementos de estruturas.
Elementos de Estruturas: São as três forças internas que aparecem durante o
carregamento, conforme apresentado abaixo (figura 2). Em que a traçao e compressão são axial.
Figura 2 - elementos de estruturas |
2.1
- Força e momentos – Revisão
Vamos abordar uma revisão sobre forças e momentos,
ou seja, apresentar um lembrete para servir de ajuda nos próximos capítulos.
2.1.1
- Módulo da força e seus componentes cartesianos
Consideremos um corpo tridimensional no espaço com
uma força actuando sobre o corpo no ponto A. Indicaremos a força por “F” com
uma seta por sima e a sua unidade no sistema internacional é
Newton (N). O módulo da força é sempre positivo.
Figura 2.1 – Componentes cartesianos em 3D |
O módulo da força será sempre positivo, conforme
indicado na figura 2.1. O que observamos na figura 2.1 b é a incorporação da força
que actua no corpo dentro do sistema cartesiano. E que essa força pode ser
projectada para os três diferentes eixos x, y e z. O módulo é dado pelo teorema
de Pitágoras
As componentes cartesianas de podem ser positivas ou negativas, dependendo sentido
e localização do corpo, mas, o módulo da força será sempre positivo.
Vamos
ver um exemplo: de componentes
cartesianas da força em (2D)
Figura
2.1.1 a –
Figura 2.1.1 a
Conforme verificamos na figura, é introduzido um
vector unitário. E determina-se as componentes cartesianas em X e Y e em todos
os pontos. Apresentou-se os exemplos para as forças que actuam em A e B, o
mesmo procede em C.
Fazendo a soma dos componentes da força em x para
todos os pontos teremos que, a somatória das forças em X é “0” a somatória das forças em y é “0” . Podemos
então dizer que este corpo não será movido por aceleração, o que significa que
o corpo está em equilíbrio a respeito das direcçoes X e Y.
Referencias:
Morgan W. (1968) Elements of structures.
Ochshorn,
J. (2010). Structural elements for Architects and Builders. 30 corporate
Drive, Suite 400, Burlington, MA 01803, USA. Elsevier Editor.
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015
O Sonho do arquitecto é o pesadelo do engenheiro-Revisado
1
- Objectivo
O
objectivo deste artigo é despertar a capacidade dos engenheiros (principalmente
engenheiros civis), a interação com outros profissionais (principalmente
arquitectos), a cultura de trabalho em equipa, a criatividade, no ramo da
engenharia na realização dos projectos ou sonhos de arquitectos. Pois, para
realizar-se o sonho de um arquitecto, é necessário um árduo trabalho em equipa,
envolvendo engenheiros ou especialistas de computação, engenheiros hidráulicos,
engenheiros ambientais, Matemáticos, geólogos, Engenheiro civil e outros.
2- Introdução
É
comum notar em conversas com engenheiros a questão da beleza sonhada pelos
arquitectos. A beleza sonhada pelos arquitectos nem sempre agrada o Engenheiro,
daí que os engenheiros encaram isso como um pesadelo.
Muitos
arquitectos ao realizarem os seus projectos, buscam a semelhança de algo
existente na natureza ou algo artificial criado pelo homem, por exemplo: já
verifiquei um projecto baseado em um megafone; temos o exemplo concreto do estádio
de futebol “Ninho de pássaro” localizado em Pequim-CHINA.
A finalidade destes é apresentar qualidade funcionalidade e beleza. Entretanto,
pensar no lançamento estrutural do estádio Ninho de pássaro e nas exigências
que as normas estabelecem não foi tarefa fácil, constituindo assim um desafio
para os engenheiros.
3- Missão da arquitectura
Arquitectura
é uma arte que para além de primar pela beleza deve cumprir com os padrões de
funcionalidade, sustentabilidade e outros elementos estabelecidos pelos
criadores da arte. Nesta ordem de ideias, considere-se cada obra criada por um
arquitecto como se fosse um quadro pintado por um artista plástico. Entretanto,
o esforço dos arquitectos em imaginar coisas bonitas é tal que cada Arquitecto
acaba por criar obras competitivas, pois um arquitecto deve inovar, ou seja,
não pode fazer sempre a mesma coisa a nível de criação. Portanto, o arquitecto
deve ser criativo nos seus trabalhos.
4- O engenheiro civil face ao
sonho do Arquitecto
O
engenheiro, por ser o responsável pela estabilidade estrutural dos edifícios,
acaba sempre tendo muito trabalho, face aos desafios dos arquitecto em querer
projectar sempre obras de grande desafio ou de um padrão mais estético, pois,
os padrões de sustentabilidade e funcionalidade são universais.
A
criatividade dos arquitectos a nível de “beleza”, deixa alguns engenheiros frustrados,
pelo facto de ser o responsável pela estabilidade da estrutura que vai suportar
a obra criada pelo arquitecto.
Para
os engenheiros, a projecção e execução estrutural de uma obra deve fazer-se de
modos a que venha satisfazer os interesses e o bem-estar da sociedade, a fim de
garantir a segurança aos animais, pessoas e bens; e devem ser aplicadas de
modos em que haja uma protecção e conservação do meio ambiente. Como lembra o
artigo 5º da norma espanhola (EHE, 2011), as estruturas de um edifício, deverão
ser idóneas para o seu uso durante a totalidade do período de vida útil para
que elas são construídas. Para isso, deverão satisfazer os seguintes
requisitos:
a)
Segurança e funcionalidade
estrutural, que consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos de que a
estrutura tenha um comportamento mecânico frente as acções e influência
previsíveis que podem estar submetido durante a sua construção e tempo
previsto, considerando a totalidade da sua vida útil;
b)
Segurança em casos de incêndio, que
consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos a riscos de que os usuários
da estruturas sofram danos derivados de um incêndio de origem acidental, e
c)
Higiene, saúde e protecção do meio
ambiente, neste caso, consiste em reduzir a limites aceitáveis ao risco de que
se provoquem impactos inadequados sobre o meio ambiente como consequência da
execução das obras.
Figura 2- Assim o engenheiro vê por exemplo, uma obra em consola projectada por um arquitecto. |
5- Conclusão
O
engenheiro deve ter em conta todas as exigências acima referidas, antes e
durante a concepção estrutural de um projecto sonhado pelo arquitecto, seja
qual for a natureza do projecto. Entretanto, para cada obra criada pelo
arquitecto, especialistas em computação, hidráulica, engenharia ambiental,
Matemática, geologia, topografia, Engenharia civil…, directa ou indirectamente
participam na concretização desse projecto de forma sustentável. Lembrando que,
Projecto sustentável é aquele em que
depois de executado, não comprometerá, ou seja não gerará prejuízos a geração
vindoura, nem um impacto negativo a geração actual.
Pelo facto de o engenheiro ter estas
responsabilidades em uma obra, caímos dizendo sempre que, "O Sonho do arquitecto é o pesadelo do engenheiro"
OBS: Por vezes vale a pena esta criatividade (sonho)
dos arquitectos, porque existem muitos engenheiros preguiçosos de mente que
ficam apenas pelo título de engenheiro.
Referências
Bibliográficas
Norma Espanhol EHE - 2011
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