terça-feira, 29 de dezembro de 2015

Meu artigo publicado na revista "CAMPUS MUNDI" nos Estados Unidos

Publicado nas páginas 8 e 9 da revista. É uma revista mensal da universidade AIU ( Atlantic International University)


1 - Objectivo

O objectivo deste artigo é despertar a capacidade dos engenheiros (principalmente engenheiros civis), a interação com outros profissionais (principalmente arquitectos), a cultura de trabalho em equipa, a criatividade, no ramo da engenharia na realização dos projectos ou sonhos de arquitectos. Pois, para realizar-se o sonho de um arquitecto, é necessário um árduo trabalho em equipa, envolvendo engenheiros ou especialistas de computação, engenheiros hidráulicos, engenheiros ambientais, Matemáticos, geólogos, Engenheiro civil e outros.

2- Introdução

É comum notar em conversas com engenheiros a questão da beleza sonhada pelos arquitectos. A beleza sonhada pelos arquitectos nem sempre agrada o Engenheiro, daí que os engenheiros encaram isso como um pesadelo.

Muitos arquitectos ao realizarem os seus projectos, buscam a semelhança de algo existente na natureza ou algo artificial criado pelo homem, por exemplo: já verifiquei um projecto baseado em um megafone; temos o exemplo concreto do estádio de futebol “Ninho de pássaro” localizado em Pequim-CHINA. A finalidade destes é apresentar qualidade funcionalidade e beleza. Entretanto, pensar no lançamento estrutural do estádio Ninho de pássaro e nas exigências que as normas estabelecem não foi tarefa fácil, constituindo assim um desafio para os engenheiros.


3- Missão da arquitectura

Arquitectura é uma arte que para além de primar pela beleza deve cumprir com os padrões de funcionalidade, sustentabilidade e outros elementos estabelecidos pelos criadores da arte. Nesta ordem de ideias, considere-se cada obra criada por um arquitecto como se fosse um quadro pintado por um artista plástico. Entretanto, o esforço dos arquitectos em imaginar coisas bonitas é tal que cada Arquitecto acaba por criar obras competitivas, pois um arquitecto deve inovar, ou seja, não pode fazer sempre a mesma coisa a nível de criação. Portanto, o arquitecto deve ser criativo nos seus trabalhos.

4- O engenheiro civil face ao sonho do Arquitecto

O engenheiro, por ser o responsável pela estabilidade estrutural dos edifícios, acaba sempre tendo muito trabalho, face aos desafios dos arquitecto em querer projectar sempre obras de grande desafio ou de um padrão mais estético, pois, os padrões de sustentabilidade e funcionalidade são universais.

A criatividade dos arquitectos a nível de “beleza”, deixa alguns engenheiros frustrados, pelo facto de ser o responsável pela estabilidade da estrutura que vai suportar a obra criada pelo arquitecto.

Para os engenheiros, a projecção e execução estrutural de uma obra deve fazer-se de modos a que venha satisfazer os interesses e o bem-estar da sociedade, a fim de garantir a segurança aos animais, pessoas e bens; e devem ser aplicadas de modos em que haja uma protecção e conservação do meio ambiente. Como lembra o artigo 5º da norma espanhola (EHE, 2011), as estruturas de um edifício, deverão ser idóneas para o seu uso durante a totalidade do período de vida útil para que elas são construídas. Para isso, deverão satisfazer os seguintes requisitos:

a)    Segurança e funcionalidade estrutural, que consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos de que a estrutura tenha um comportamento mecânico frente as acções e influência previsíveis que podem estar submetido durante a sua construção e tempo previsto, considerando a totalidade da sua vida útil;
b)    Segurança em casos de incêndio, que consiste em reduzir à limites aceitáveis a riscos a riscos de que os usuários da estruturas sofram danos derivados de um incêndio de origem acidental, e
c)    Higiene, saúde e protecção do meio ambiente, neste caso, consiste em reduzir a limites aceitáveis ao risco de que se provoquem impactos inadequados sobre o meio ambiente como consequência da execução das obras.

5- Conclusão

O engenheiro deve ter em conta todas as exigências acima referidas, antes e durante a concepção estrutural de um projecto sonhado pelo arquitecto, seja qual for a natureza do projecto. Entretanto, para cada obra criada pelo arquitecto, especialistas em computação, hidráulica, engenharia ambiental, Matemática, geologia, topografia, Engenharia civil…, directa ou indirectamente participam na concretização desse projecto de forma sustentável. Lembrando que, Projecto sustentável é aquele em que depois de executado, não comprometerá, ou seja não gerará prejuízos a geração vindoura, nem um impacto negativo a geração actual.

            Pelo facto de o engenheiro ter estas responsabilidades em uma obra, caímos dizendo sempre que, "O Sonho do arquitecto é o pesadelo do engenheiro"
            
OBS: Por vezes vale a pena esta criatividade (sonho) dos arquitectos, porque existem muitos engenheiros preguiçosos de mente que ficam apenas pelo título de engenheiro.

   


Referências Bibliográficas
Norma Espanhol EHE - 2011



Para ver mais sobre o artigo deixe o seu e-mail e enviarei a revista, apesar de o meu nome estar escrito de forma errada.  

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

A CONFUSÃO ENTRE O ENGENHEIRO E O ARQUITECTO

A arquitectura é uma arte e ao mesmo tempo uma ciência com a finalidade de projectar edifícios para habitação, hospitais monumentos e outros, ela centra-se na ocupação do espaço: podendo ser decorativa e escultural. A engenharia civil é uma ciência.

Dentro da engenharia civil encontramos várias especialidades, como a Engenharia estrutural, Construção e gestão de obras, hidráulica, ambiente e Vias, que correspondem as principais especialidades da engenharia.
Parece existir um comando por parte da engenharia estrutural. Pois, lembra Morgan (1964), que embora as especialidades apresentadas acima como engenharia estrutural, arquitectura, construção e gestão de obras, e outras não sejam as mesmas, arquitectos e construtores devem ter um conhecimento básico sobre princípio estrutural.

Em poucos projectos, verifica-se arquitectos, engenheiros e construtores trabalhando juntos, antes e durante a construção da estrutura.

A engenharia estrutural e a Arquitectura têm sido confundidas porque ambas dizem respeito a formas ou tamanhos – mas por diferentes pontos de vista. Por exemplo, se fores construído, então o arquitecto poderá decidir a sua forma arquitectural – o seu género, com quem você se parece, se é louro, negro ou moreno, o tamanho do seu corpo e aparência. Portanto o arquitecto não poderá decidir o que é necessário para construir e fazer funcionar as diferentes partes do seu corpo – é o trabalho de vários tipos de engenheiros. O engenheiro estrutural poderá decidir se a forma estrutural é suficiente para suportar as cargas e garantir segurança.

Arquitectos que projectam construções não são engenheiros e raramente têm o nível de conhecimento científico requerido de um engenheiro qualificado profissionalmente. O papel do arquitecto é entender e satisfazer as necessidades do cliente garantindo assim a funcionalidade e estética do edifício a ser construído.

Outro motivo da confusão entre engenheiros e arquitectos é que alguns engenheiros intitulam-se como arquitectos. Por exemplo os engenheiros que projectam e constroem barcos intitulam-se como arquitectos navais.
Boa arquitectura e boa engenharia são artes que necessitam de ciência, mas elas apontam para diferentes propósitos. É difícil definir a arte mas é o poder da prática intelectual; a habilidade de fazer alguma coisa mais do que o sentido ordinário. A ciência é um pedaço do conhecimento o qual é sistemático, testável e objectiva – ciência é o que sabemos.

Apesar que cada profissional ter o ser trabalho, estes não devem andar separados pois, num escritório de elaboração de projectos, é necessário a colaboração de um engenheiro para fazer cumprir o que é projectado pelo arquitecto.

Enquanto o arquitecto sonha o projecto, ou seja, idealiza o projecto, engenheiro transforma esta ideia em realidade. Isto não significa que o engenheiro não projecta, pois, a parte estrutural de uma construção assim como sapatas, pilares, vigas, lajes e escadas são projectadas pelo engenheiro estrutural sobre o projecto arquitectónico, concretamente o projecto elaborado pelo arquitecto. Outro exemplo é o da vertente ambiental – se o arquitecto elaborar um projecto funcional e estético mas, em colaboração com o engenheiro ambiental o projecto for prejudicial para a zona de construção do edifício projectado pelo arquitecto, neste caso o sonho do arquitecto não é realizado.

Um sonha outro realiza o sonho. Mas se andarem juntos na realização do sonho melhor.



Referencias
Blockley, D. (2014). Structural Engineering- a very short introduction. 198 Madison Avenue, New York, NY 10016, United States of America. Oxford university press.

Morgam, W. (1964). The elements of structure. 6 east 43rd street, N.Y 10016, United States of America. Pitman Publishing Corporation. 

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

VENCEDOR DAS “OLIMPÍADAS CAÇA TALENTO 2015” É LOBITANGA

O concurso foi organizado pela Sonangol e, insere-se no Âmbito das comemorações dos 40 anos da independência de Angola.

O concurso foi baseado em Matemática Física e Química.

           Ardaldo Victor Pimentel Mussili, é morador do Lobito.



O mesmo é estudante da 12ª classe, do curso de Petroquímica no Intitulo Médio Politécnico, localizado no bairro 27 de Março (vulgarmente chamado de Lixeira).

O estudante já tem uma bolsa garantida para frequentar do ensino superior. E para a alegria do Blogue “Sobre a engenharia - Angola, o vencedor tem bolsa para um curso de engenharia, que ainda não temos informações sobre o ramo.

No dia 13 de Novembro (sexta feira) acontecerá a cerimónia de entrega do prémio.


Actualizaremos as informações caso seja necessário.

Viva o futuro Engenheiro 

Lobito, 11 de Novembro de 2015.
Eng.º Isaac Fuca

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Rabisco sobre o grau de indeterminação estática

O Blog “Sobre a Engenharia – Angola” está tentando descobrir um método que não obriga a decorar fórmulas no cálculo do grau de indeterminação estática de uma estrutura. Note que o grau de indeterminação pode ser estática ou cinemática. Publicaremos nos próximos dias sobre a diferença entre estes dois tipos de indeterminação.




quinta-feira, 22 de outubro de 2015

5 EXERCÍCIOS DIÁRIOS PARA O CÉREBRO



 O cérebro é um dos órgãos que possuímos que na verdade precisa ser exercitado. O Blogue sobre a Engenharia-Angola pensou principalmente nos engenheiros e futuros engenheiros ao publicar este artigo. Pois, os engenheiros trabalham muito com a mente, por esta razão faz-se necessário exercitar a mente quando se é engenheiro, apesar desde artigo abranger todas as áreas. Preparamos 5 exercícios acreditando que ponderam ajudar bastante.

1 – Memória

Há vários tipos de memória em funcionamento no cérebro. Eles juntos, formam as habilidades cognitivas em que podemos notar mais quando começam a falhar. Para manter uma boa memória, tens de treinar para isso. Ouvir música não é a única maneira, mas escolhendo uma música que não conheces e memorizar as líricas, aumentas o nível da acetilcolina, o químico que ajuda a construir o seu cérebro, e melhora as habilidades para a sua memória. Desafia-te ainda mais por regar ou vestir na escuridão ou usando a sua mão oposta para escovar o dente. Esses desafios ajudam na construção de novas associações entre as diferentes conexões neurais do cérebro.

2- Atenção

Boa atenção activa-te a manter concentração apesar do ruído e distracções e focar em várias actividades de uma só vez. Podemos melhorar o nosso cérebro com uma simples mudança na nossa rotina. Mude a sua rota para o trabalho ou reorganiza a sua secretária – Ambos forçarão o seu cérebro a despertar de hábitos e prestar atenção novamente. À medida que envelhecemos, a nossa atenção pode diminuir, torna-nos mais susceptíveis para a distracçao e baixa eficiência para multi-tarefas. Pela combinação de actividade como ouvir livro áudio e ao mesmo tempo caminhar ou fazendo contas de cabeça enquanto conduz força a sua mente a fazer mais na mesma quantidade de tempo.

3- Idioma

Actividades linguísticas desafiarão as suas habilidades para reconhecer, lembrar e entender palavras. Elas também exercitam a sua fluência, habilidades gramaticais e vocabulário. Com uma prática regular, podes expandir o seu conhecimento de novas palavras e alem do mais reter as palavras que são semelhantes ou familiares. Se você geralmente lê muito bem apenas questões sobre desporto, tenta ler um pouco sobre artigos que falam sobre negócio ou engenharia. Estarás exposto a novas palavras, na qual são fáceis para entender quando lemos em contexto. Arranje tempo para entender a palavra nos seus vários contextos, isso ajudará a construir a sua habilidade linguística e tirar a palavra mais pronta em frente de seu chefe, no futuro.

4- Espaço visual

Analisar a informação visual é necessário para estar pronto para actuar dentro do seu ambiente. Tenta caminhar no seu quarto e escolha cinco itens e as suas localizações. Quando saíres do quarto, tenta recordar os cinco itens e onde é que estavam localizados. Muito fácil não é? Espera duas horas e tente recordar novamente os mesmos itens e as suas localizações. Na próxima hora que estiveres a espera que seu colega ou amigo chegue, tente este exercício mental. Olhe bem a frente e anote todas as coisas que poderes ver tanto na frente de você e na sua visão periférica. Desafia-te em recordar tudo e anote. Isto forçará a utilização da sua memória e treinará o seu cérebro para focalizar nos seus arredores.

5- Função executiva

Sem mesmo perceberes, utilizas a sua lógica e habilidades de raciocínio diariamente para tomar decisões, construir ou desenvolver hipóteses e considerar as possíveis consequências das suas acções. Actividades na qual você deve definir a estratégia para alcançar o resultado desejado e calcular os movimentos certos para alcançar a solução num curto espaço de tempo (actividade que normalmente os engenheiros estão habituados a fazer) são actualmente boas actividades que podes executar diariamente – como interacção social e vídeo games. Engajar-se em breves visitas com amigos impulsiona a sua performance intelectual por exigir-te a considerar possíveis responsabilidades e resultado desejado. Vídeo games, exigem estratégias e resolução de problemas para alcançar o resultado desejado.


Fonte: Daily Brain Exercises, by Dr. Bernard Crosile. www.askmen. Imagem: www.pickthebrain.com. Sitado pela revista Campus Mundi My AIU.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

O PEQUENO CAÇADOR_ENGENHANDO

Fotos tiradas numa das comunas de CUBAL (Marco Canaveses).
Alguns estudam engenharia outros o fazem.



Engenhando a fisga 

Fazendo engenharia

Fazendo engenharia

Fazendo engenharia

Preparado, já em acção 

domingo, 16 de agosto de 2015

Engenharia do Ambiente/Environmental Engineering


Estes, quando nao são removidos da exposição ao sol nem reciclados ,degradam e podem prejudicar o meio ambiente.




sexta-feira, 17 de julho de 2015

Brevemente_Curso de conversão de unidades para Eng...

Sobre a Engenharia - Angola: Brevemente_Curso de conversão de unidades para Eng...: Constituindo um dos problemas mais relevante de alguns engenheiros e estudantes de engenharia, decidi preparar um conteúdo para oferecer aos...

Brevemente_Curso de conversão de unidades para Engenheiros e outros

Constituindo um dos problemas mais relevante de alguns engenheiros e estudantes de engenharia, decidi preparar um conteúdo para oferecer aos que possa estar interessados para aperfeiçoar o assunto.

sexta-feira, 10 de julho de 2015

ANÁLISE DE ELEMENTOS FINITOS PARA ENGENHARIA ESTRUTURAL/FINITE ELEMENT ANALYSIS FOR STRUCTURAL ENGINEERING

           O tema é muito interessante e complexo e, é claro, tem um grande impacto no seu tratamento a partir da perspectiva da engenharia civil.
Precisamente essa complexidade é o que lhe dá aplicação especial em várias questões como a análise de estruturas em folha, casca, 2 e 3D análise estrutural, etc.
Assim, para cada caso em particular teremos diferentes tipos de EF (Lagrangianos, isométrica, etc.) que se aplicam às necessidades do engenheiro.

       No entanto, é aconselhável começar a tratar primeiro sobre conceitos básicos (começar a análise linear e, em seguida, passar para não-linearidade).

            Por outro lado, há uma marcada tendência para utilizar programas MEF que pode ter consequências graves quando os alunos não interpretarem completamente a metodologia de análise. Isso é perigoso, porque ignorar as limitações metodológicas podem ter consequências graves na determinação dos esforços, no dimensionamento e das próprias conclusões.

            Ainda hoje MEF é uma questão altamente complexa e especialidade para descobrir, analisar e amadurecer.

É esse o grande desafio..........................


1- Objectivo
O método de elementos finitos hoje em dia é bastante utilizado na resolução dos problemas de engenharia estrutural e em outras áreas. O método dos elementos finitos para engenharia estrutural, tem como objectivo resolver problemas que são dificilmente resolvidos quando aplicado os métodos comuns como método das forças e dos deslocamentos. Que são introdutórios no grau de licenciatura. Tal como o nome diz “FINITO”, refere-se à resolução a partir de elementos finitos como Triângulorectângulo e quadrado, através de teorias matemáticas.


1.1 - O que é o método dos elementos finitos?
Como lembra Dias F., Da Cruz P., Valente F. e De Sousa R. (2010), O método dos elementos finitos (MEF ou FEM) é um poderoso método matemático de análise e resolução, quase sempre aproximado de problemas científicos e de Engenharia. Este método numérico tem origem em trabalhos e desenvolvimentos realizados por matemáticos físicos e engenheiros. De uma forma geral, o método dos elementos finitos é utilizado na busca de soluções de problemas complexos de diversas áreas de conhecimento, para os quais não se conhece uma solução exacta que possa ser expressa de forma analítica. Como tal, o MEF é um método numérico, e não um método analítico.


2 – Conceitos básicos de análise de engenharia

2.1 – Introdução
A partir da primeira aplicação até agora, o método serve para aplicar em análises linear não linear, estática e análise dinâmica. Vamos tratar mais sobre a análise linear (Linear significa ter deslocamentos infinitesimamente pequenos) de sólidos e estruturas durante este curso. O método é utilizado em programas de computadores com significância relevante.
Consideraremos o seguinte:
·         A formação da equação de equilíbrio para o método dos elementos finitos;
·         O cálculo da Matriz de elementos finitos;
·         Método para solução das equações governantes.
·         Implementação do computador na resolução do método dos elementos finitos.

2.2 – Elementos finitos – processo de solução



  Figura 2.2 – Modelo de solução para elementos finitos


Tal como mostra a figura 2.2, em primeiro lugar temos o problema físico; Estabelecer o modelo de elemento finito para o problema físico; resolução do modelo; Interpretação dos resultados. Entretanto após interpretação dos resultados, volta-se ao modelo estabelecido para fazer uma revisão e a seguir repete-se o processo.
O método dos elementos finitos pode analisar desde elementos com duas dimensões até 3 dimensões, como malhas e sólidos respectivamente, representando nestes elementos finitos como triângulos, rectângulos, quadrados e outras figuras. A figura 2.2.1 ilustra a idealização do método de elementos finitos de uma torre de refrigeração.

Figura 2.2.1 – Torre de refrigeração – modelação do método de elementos finitos

Segundo Bathe (1982), a análise um sistema de engenharia requer a sequência dos 4 passos seguintes:
1)    Idealização do sistema;
2)    Formulação das equações de equilíbrio;
3)    Solução das equações;
4)    Interpretação dos resultados
Os sistemas podem ser:
·         Discreto: a responsabilidade é descrita variáveis em números finitos de pontos – Conjunto de equações algébricas). Exemplo: Molas represas, elementos de vigas etc., e;
·         Contínuo: a responsabilidade é descrita variáveis em números infinitos de pontos - Conjunto de equações diferencias).
A análise de sistemas contínuos consiste na redução destes em sistema discreto.

2.3 – Tipos de Problemas
Estado uniforme (Estática)
Propagação (Dinâmica)

2.4 – Análise de sistemas discretos
Este tipo de análise envolve 4 passos:
1)    Idealização do sistema em elementos;
2)    Avaliação do elemento – requisitos de equilíbrio;
3)    Junção dos elementos;
4)    Resposta da solução.

OBS: Os três últimos passos são os mesmos para os sistemas contínuos.


Referencias Bibliográficas

Bathe K. Finite Element Procedures for Solids and Structures, Linear Analysis. Retrieved from: https://www.youtube.com/results?search_query=Finite+Element+Analysis+for+Structural+Engineering
Bathe K. Finite Element Procedures for Solids and Structures, Linear Analysis. Retrieved from: https://www.google.com/search?q=Finite+Element+Analysis+for+Structural+Engineering+pdf&ie=utf-8&oe=utf-8
Buchanan, G. (1995). Finite Element Analysis. New York San Francisco Washington, D.C. Auckland Bogotá Caracas. McGraw-Hill.
Dias F., Da Cruz P., Valente F. e De Sousa R. (2010). Método dos elementos finitos – Técnicas de simulação numérica em Engenharia. Rua D. Estefânia, 183- 1º andar Esq. – 1000-154 Lisboa. ETEP – Edições técnicas e Profissionais.

sexta-feira, 29 de maio de 2015

FROM USA TO ANGOLA

Recentemente o blog SOBRE A ENGENHARIA ganhou este Kit, que por sinal, estes elementos tem sido e serão uma das fontes para os conteúdos publicados neste pobre BLOG. O KIT é introdutório em engenharia estrutural. A Very short introduction.



segunda-feira, 25 de maio de 2015

Ordem dos Engenheiros - Lá vai mais um dos elementos necessários que acabei de conquistar

Mesmo que isso não signifique muita coisa para outros mas para mim é mais uma conquista.  estar inscrito na ordem dos engenheiros de Angola é um alívio, sendo que, com a ausência deste documento muita coisa não se faz. Parabéns para você mesmo Engº Isaac Fuca.


terça-feira, 12 de maio de 2015

Sequência Lógica no carregamento axial

Esta é a sequência lógica no carregamento axial:



Veja como é bonito estudar Engenharia estrutural:

Fx(x) - É a força externa que provoca o esforço interno denominado Esforço Normal N(x);

N(x)  - O esforço interno por sua vez provoca tensões (бn) na estrutura;

бn - Que é dado em cada ponto da secçao da barra, provoca a deformação da barra, que é dada por Ɛa(x) = dUx/dx;

Ɛa(x) = dUx/dx – finalmente, Ɛa(x) = dUx/dx indica o valor da deformação da barra ,provocando o deslocamento na estrutura ou barra Ux(x), que coloca então, a estrutura na ruina.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

FUTURO QUE ACABA NO PRESENTE - AINDA NO CAPÍTULO DO FISCAL ENXURRADAS

As enxurradas dos dias 11 e 26 de Março, no município do Lobito - Benguela - Angola, deixaram o percurso entre a estrada Nacional N100 e o estádio do buraco (bairro santa cruz) deformado, podemos também mencionar boa parte do Pólo industrial da Catumbela.

As fotografias ilustram mais do que as palavras, sendo que, no caso de instalações de armazéns neste local já se sabe que, basta o aparecimento de uma chuva semelhante as dos dias acima mencionados, para inundar os armazéns. Neste caso mais vale acabar com o sonho de instalação de armazém, a menos que exista um plano para recolha e evacuação das águas pluviais para atender as chuvas críticas (já sabemos que o plano e a implementação do plano não surgirá com brevidade). Lembrando que as chuvas críticas são as que caem por pouco tempo mas com muita intensidade.  Na Espanha a intensidade de chuva critica utilizada para dimensionamento é de 100 mm/h, no brasil é de 150mm/h, e em Angola? Pois, em Angola ainda temos muitas perguntas por responder.

Então, é melhor acabar com esse futuro agora no presente



Fotografia nº 1 


Fotografia nº 2 



Fotografia nº 3 



Fotografia nº 4


domingo, 15 de março de 2015

INFRAESTRUTURAS E NOVAS GERAÇÕES VS ENXURRADAS DO LOBITO


Infraestruturas: São elementos que geralmente funcionam abaixo do solo e têm a finalidade de fornecer conforto de habitabilidade, lazer e desenvolvimento económico.
As Infra-estruturas de energia, água, transportes, informação e serviços de comunicações são condições criadas para habitabilidade e desenvolvimento econômicoElas são a espinha dorsal da nossa sociedade. Semelhante a nossas artérias e sistemas neurais que sustentam nossos corpos humanos, a maioria das pessoas no entanto, têm infra-estruturas na qual foram concebidos. Isto é, até que elas se quebram ou níveis de serviço descem.

Elas exigem investimentos substanciais para enfrentar os desafios do aumento da população, a urbanização, a escassez de recursos, congestionamento, poluição, e assim por diante. Infra-estruturas são vulneráveis a eventos climáticos extremos, e com ele a mudança climática. Daí que, faz-se necessário prever infraestruturas capazes de responder fenómenos naturais. Pois, a medida que aumenta a população, novas estratégias devem ser pensadas para infraestruturas.
Podemos por outras palavras dizer que, o que acontece na província de Benguela é o contrário. Ou seja, no Lobito as infraestruturas são inversamente proporcionais ao crescimento das construções para habitação e comercio, aliais, o aumento de construções significa cada vez mais a eliminação das infraestruturas anteriormente concebidas.

Energia
A energia é uma necessidade básica para a sociedade. Ele torna a nossa vida mais fácil e confortável, porque nos fornece calor e luz. Eletricidade alimenta a maioria dos nossos aparelhos domésticos, incluindo o computador que você está usando agora. Além disso energia, sob a forma de calor ou electricidade, sendo útil também em processos mais industriais.
A energia também é um recurso fundamental para outras infra-estruturas. A eletricidade é necessária para torres de transmissão de energia, roteadores de internet, semáforos, bombas em redes de transmissão e muitos outros aparelhos de infra-estrutura relacionada.

Transporte
Um segundo domínio das infra-estruturas são infra-estruturas de transporte. Nossa capacidade de nós mesmos e nossos bens ao longo destas infra-estruturas de transporte é considerado uma das características das sociedades avançadas. Várias tecnologias e infra-estruturas fornecem uma ampla gama de serviços de transporte individual e coletivo, alguns deles com financiamento privado, outros com financiamento público. Pense em estradas, ferrovias, hidrovias, vias aéreas.
Em primeiro lugar, há o desafio de congestionamento. Infra-estruturas de transporte entupir (engarrafar) como resultado do aumento da demanda por mobilidade. Tendências como a urbanização aceleram ainda mais este problema.

Em segundo lugar, as infra-estruturas de transporte também enfrentam o desafio da necessidade de se tornar mais sustentável. Particularmente em áreas onde o crescimento futuro é de se esperar.

Em terceiro lugar, também neste sector, as inovações tecnológicas estão mudando o setor. Muitas dessas inovações surgiram para resolver os problemas de congestionamento e de sustentabilidade. Uma característica fundamental da fabricação do sector dos transportes alterações no sector mais difícil é que as mudanças têm de ser implementadas em uma infra-estrutura de transporte funcionando continuamente. Novos conceitos, como novos modelos de negócios de gestão de tráfego dinâmico ou precisam ser implementadas sem interromper os serviços dessas infra-estruturas.
Não podemos confundir Infraestrutura somente com "estrada".

Água
Por causa do crescimento da população e do desenvolvimento económico, os recursos hídricos em muitas partes do mundo são empurrados para seus limites naturais. Por sua vez, a capacidade das cidades e países a crescer, atrair investimentos, satisfazer as necessidades fundamentais das populações e assegurar a protecção ambiental será cada vez mais ameaçada se os recursos hídricos não são inteligentemente gerenciados.

Informação e tecnologia de comunicação
Telecomunicações permitem vários modos e formas de troca de informações. Ela permite a comunicação de longa distância, para fins de entretenimento e para obter informações. Diferentes tecnologias e infra-estruturas evoluíram para oferecer esses serviços. Pense em televisão, rádio, e infra-estruturas telefónicas, e pensar sobre a Internet é claro.

Pelo sucedido, no dia 11 de Março de 2015, temos verificado até agora gestos de solidariedade por todo País de modos minimizar o sofrimento dos sinistrados. Mas não verificamos uma urgência na reabertura das valas ou criação de mais valas de drenagem, dependendo de um estudo profundo que deveria incluir, Hidrólogos Geólogos, Engenheiros Civis, Arquitectos, Ambientalistas e outros.
Fala-se de proibição de construções em zonas de risco, quando adjacente a ponte (passagem inferior-viaduto) que dá acesso ao estádio do buraco temos um poste de alta tensão incorporado dentro de um muro de vedação (será que foi um sobra que cedeu o terreno?).

A limpeza começou pela cidade envés de começar pelas zonas mais afectadas. Imaginemos se acontecesse mais uma chuva durante esses dias já percorridos, desde o acontecimento da tragédia!


MAS ENTÃO QUAL É A QUESTÃO?

Não temos técnicos capazes de responder o rápido crescimento urbano? Ou é a falta de interesse em Empregar técnicos Qualificados?.
R: Das duas, uma. Mas o mais certo é a falta de interesse.

De quem é a culpa?
R:Bom, essa pergunta tem ficado no ar, mas a verdade mesmo é que muita gente culpa a população.
A empresa que se responsabiliza pelo saneamento tem feito o mesmo!? ou faz uma parte, fornecendo apenas água turva em zonas novas do Lobito e cobrar aquilo que não consumimos. Pois ainda acredito que temos confundido o termo saneamento, que cientificamente abrange o abastecimento drenagem e tratamento de águas.  
São 4 dias passados, deveríamos estar já prontos para tentar acudir uma eventual chuva parecida com a do dia 11 de Março, de modos a minimizar os problemas, já que para eliminá-lo requer um estudo profundo e a criação de um projecto.
O que não se verifica com frequência é o debate direto nos órgãos de difusão massiva, aproveitando assim, a opinião do povo (e especialistas) para a resolução do problema.

Terrenos são cedidos, sem criar infraestruturas, tão pouco sem saber a capacidades das infraestruturas anteriormente criadas pelo colono.

Construção sustentável significa aquela que não prejudica as gerações vindouras.




Referências.
Dankers, F., Kerckhoffs, S., & Oei, A. (2013). Resilience of multi-infrastructure systems.

Quick, D. (2013, 19 11). Pearl River Necklace Bridge: a twisted solution to an unusual traffic problem. Retrieved from Gizmag:
http://www.gizmag.com/pearl-river-necklace-bridge/15679/

Vries, L. d. (2013, 11 18). Market design. Delft, South-Holland, Netherlands.
Wikipedia. (2013). Northeast blackout of 2003. Retrieved 11 19, 2013, from http://en.wikipedia.org/wiki/Northeast_blackout_of_2003


www. Edx.org